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De Laico só restaram os respiradores


De laico só restou os respiradores


Com tantas influências em nossa sociedade é de se espantar ao acordar e perguntar: Temos de fato um pensamento crítico? Ou somos sintoma de nosso próprio pensamento? Com tantos acontecimentos, os quais se dispõem em diversas faces e dimensões, importante atestar que nada tem sido como antes. Isso já tem um tempo.

A revolução industrial e o olhar para as mulheres, a queda do muro de Berlim e os apelidados de Mauerspechte – apelido dado às pessoas que removiam pedaços do muro, mas também as memórias junto a ele – uma mutação cultural vem transdisciplinando o mundo que é hoje.

Ainda faltou comentar das tecnologias: O avanço vem sendo aparentemente gradual, mas na realidade nos afasta do trauma de conceber que estamos convivendo com algo que não está sendo preparado por nenhum discurso, por nenhum amparo cultural, pois o amanhã já não pode contar mais com o passado. Por isso, como podemos ascender uma consciência crítica se de laico só restou os res-piradores?

As crianças se comunicam por uma tela, os pais tentam entender o que eles estão dizendo, as escolas injetam o modelo tradicional do presencial no virtual e sempre temos a sensação de que é preciso seguir para aparar as arestas do mal-estar e avançar para se desenvolver.

Quando psicanalistas afirmam que o simbólico está mal colocado é disto tudo que já foi dito que se trata. A democracia cai quando respirar é uma piada. E tem tempo que estamos rindo de desespero.





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